a COR da PELE do CORPO que (Eu)habito

Autores/as

  • Fernanda Almeida

DOI:

https://doi.org/10.60139/InterPsic/15.2.2

Palabras clave:

Racismo, Amefricanidade, Racialidade, Tornar-se Negro

Resumen

O presente texto é uma reflexão psicanalítica e pessoal sobre a construção da racialidade e os impactos do racismo na subjetividade de pessoas negras. Por meio de um relato singular, a autora descreve como experiências artísticas e leituras teóricas, tais como as obras de Frantz Fanon e Grada Kilomba, trouxeram à tona sua própria consciência racial e a necessidade de explorar o tema do racismo na psicanálise. O racismo é um fenômeno estrutural no Brasil, alimentado pelo mito da democracia racial. Assim, por meio de uma abordagem implicada, a autora aponta como a psicanálise pode contribuir na compreensão, escuta e tratamento das consequências traumáticas do racismo. O texto destaca ainda a importância de psicanalistas negras pioneiras que abriram caminhos para a análise do racismo e seu impacto no desenvolvimento do sujeito negro. O texto aborda também conceitos como “amefricanidade” de Lélia Gonzalez e discute a necessidade de “letramento racial” – um processo de desalienação e racialização, ambos necessários para negros e brancos no reconhecimento das dinâmicas interraciais. Conclui que sua jornada no processo de racialização a levou a um compromisso contínuo com a construção de uma perspectiva clínica que reconheça e escute a profundidade dos traumas raciais, buscando uma psicanálise que seja crítica, decolonial, inclusiva, e que acolha as singularidades de cada sujeito.

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Biografía del autor/a

Fernanda Almeida

Psicanalista, assistente social e professora de graduação e pós-graduação. Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP. Trabalha no Sistema Único de Saúde (SUS) em um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD). É membro aspirante do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, integrante da equipe editorial do Boletim Online e da Comissão de Reparação Racial e Ações Afirmativas do mesmo departamento. Integra o projeto Territórios Clínicos da Fundação Tide Setubal. Desenvolve projetos de curadoria, produção e formação para o SESC-SP na área de ações para cidadania. É uma das organizadoras do recém-lançado livro “Territórios Clínicos” pela editora Perspectiva.

 

Publicado

2024-12-23

Cómo citar

Almeida, F. (2024). a COR da PELE do CORPO que (Eu)habito. Intercambio Psicoanalítico, 15(2), 22–30. https://doi.org/10.60139/InterPsic/15.2.2

Número

Sección

Concurso